Sempre, e para sempre... Ou talvez não.

Hoje venho partilhar convosco algo mais pessoal... Este texto foi escrito por mim à uns 2 ou 3 anos, se não estou em erro. Encontrei-o hoje por acaso e decidi partilhá-lo com vocês. E aproveitar também para agradecer a todos os que tiram 5 minutinhos do seu dia para visitarem este blogue, muito obrigada!
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"Quando eu te vi pela primeira vez, eu não pensei 'vou-me apaixonar por ele!'. Para ser sincera, não pensei sequer que fosse capaz de te direccionar mais do que duas ou três frases. Porque o meu coração ainda me pesava muito, carregadinho de dor e mágoa. Mas... foi confuso sabes? Eu não tinha a certeza de querer falar contigo, porque eu já estava tão quebrada, tão habituada a ser magoada e espezinhada...que tinha medo. Não que tu me magoasses, isso não!, mas tinha medo que tu me tratasses como o resto do mundo me tratava: com desprezo (é por isso que eu odeio ser ignorada). Mas, por outro lado, eu sentia-me capaz de me sentar contigo em algum lugar e ficar a falar contigo por horas, e horas e horas. Eu queria fazê-lo. Oh Deus, se queria. Mas... eu estava a ouvir-te falar e, de cada vez que tu falavas, aos meus ouvidos a tua voz ia soando cada vez melhor, cada vez mais perfeita. Eu queria ouvir-te falar, nem que fosse o abecedário, mas queria. E senti que podia ficar a ouvir-te falar para sempre, sem me cansar nunca. Quando, naquele dia, cada um seguiu o seu caminho para a sua respectiva casa, aí eu senti que te conhecia desde sempre, sabes? E só Deus sabe o quanto eu não me queria ter separado de ti naquele fim de tarde, eu não queria deixar-te de maneira nenhuma. E também só Deus sabe o quanto eu me castiguei nesse dia, o quanto ralhei comigo mesma, quando cheguei a casa. Porque eu sabia que ia acabar por gostar de ti. O que eu não sabia é que eu ia acabar por te amar, amar de verdade. Porque eu não me sentia mais capaz de amar alguém, de tão quebrada que eu estava. Mas tu fizeste-me ver que eu estava errada, e eu agradeço-te imenso por isso. Não só juntaste todos os pedacinhos de mim, como sempre me fizeste muito feliz. Deste-me forças e um motivo para viver. 
O motivo? Sou eu, e és tu. Somos nós."

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